30 anos de silêncio de Jesus enquanto viveu em Nazaré (As imagens nos slides são de ruínas da antiga vila). Geografia do crescimento de Sua humanidade. Em tempos de exaltação do humanismo, creio, ser importante meditar na humanidade de Jesus. Esta é a nova criação de Deus. O novo homem de Deus. Ele Se encarnou, e foi criado na terra como todos os homens, sob o cuidado de Seu Pai. Gosto de pensar e imaginar Jesus na carpintaria de seu pai adotivo (José). Cuidando durante 30 anos de objetos de camponeses e pastores, seus vizinhos. Imagino que esses objetos passavam de pai para filho (não havia consumismo industrial ainda), e deveriam ser consertados sempre. Repetição. Uma mente normal ficaria condicionada ao reducionismo. A mente, a alma e espiritualidade de Jesus cresciam: "Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele" - Lucas 2:40.
Intelecto, emoção e vontade formados pela consciência de Deus, e não pelas batidas repetidas de martelos em pregos nem pelo universo cultural da vila durante 30 anos.
Razão, emoção e vontade em harmonia. Inteligência e afetividades não divididas, mas integradas pelo amor a Deus. A vontade em Jesus não está em contradição com sua inteligência e emoção. Assim, a vontade de Deus é feita sem oposição : “ A vontade é a cidadela contra a qual se dirigem todas as forças da tentação, e dentro desta cidadela Jesus rechaçou estas tentações sob a luz de uma inteligência clara e no poder de uma afeição não dividida”.
Seu físico não foi afetado (depois de 35 anos nos aposentamos, Jesus após 30 anos de trabalho começou seu ministério). Ao invés de falência física, Jesus estava crescendo durante esse tempo em Nazaré.
Arqueologia como ciência que busca as origens, as raízes ocultas pelo tempo. O trabalho de desencavar e trazer á luz algo antigo, mas que novo se torna. Uma tentativa de se fazer a arqueologia de alguns saberes, tais como das Escrituras; da vida cristã; do político e da cidadania; do cultural; do texto, seja ficção ou não; da Teologia.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
TEOFOBIA
"Teofobia". Neologismo: medo de Deus. Aversão a Deus. Rejeição a Deus. Seria um passo a mais no movimento de se esconder de Deus. De fingir-se que Ele não está perto, ou que não se está ouvindo Sua voz. Essa reflexão vem do momento em que Adão, nu e escondido no paraíso, responde a Deus que por estar nu, teve medo.
Medo primitivo em relação a Deus, pai de todos os medos. Nessa condição humana, a voz de Deus não é um chamado á comunhão no fim do dia. Não é a voz de um pastor, conhecida, amigável, nem é transmissora de segurança e paz. Ouve-se, essa qualidade não foi perdida, mas o resultado é a perturbação da alma, a insegurança, o autonomismo que produz o medo.
Contudo, a voz de Deus não mudou. Mas a percepção humana havia mudado, sim.
A teofobia tem se multiplicado por conta da multiplicação da humanidade sem relacionamento com Deus.
Mas a mensagem de vida dos profetas e dos apóstolos é para a vida com Deus, e no Novo Testamento é revelado como se vive esta vida: a partir de uma nova humanidade i.e., a de Cristo.
Jesus exemplifica uma humanidade sem teofobia, mas em harmonia com Deus. Está na "oração do Pai Nosso". "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu". Enquanto habitante da terra, Jesus alcança o céu, sabendo que ambos N´Ele estão unidos. Não há medo aqui. Pode então, invocar a existência do reino de Deus.
"O perfeito amor lança fora todo o medo", escreveu o apóstolo João. Se ele aplicou isso a sua vida, como creio que aplicou, por isso pode ver a Revelação. Pode estar numa ilha enquanto sentenciado pelo Império Romano, e mesmo assim, entrou no céu, no céu que um dia descerá, e como Jesus orou, céu que virá para constituir tudo novo. Será que é pela falta de teofobia em João, que seu apocalipse está cheio de "vi", "ouvi"? João não só vê e ouve, como pergunta, chora, se emociona, participa. Torna-se inclusive, o cronista da tudo o que vive. Sem medo ouviu Jesus, e foi chamado a entrar nas moradas de Deus.
Portanto, não pode haver teofobia em quem nasceu de novo.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Realmente insubstituível
"Theres is no substitute for Theology". Quem escreveu isso foi A. W. Tozer em um de seus artigos. Respondia então, porque a Teologia estava tão "desinteressante" para o mundo materialista e humanista de quase 60 anos atrás (Que dirá hoje...). Não que a Teologia tenha perdido sua importância, mas seu desfavorecimento se deve ao fato das pessoas se esconderem de Deus, e assim para viverem em paz consigo mesmas, melhor esquecerem que não estão em paz com Ele. Claro. Faz sentido. Dá para entender melhor certos comportamentos.... dos de fora, e pior dos de dentro. Sem Teologia a cabeça não regenerada torna-se uma usina do existencialismo. E sem Deus a quem tenha de se responder pelos pensamentos e ações, não há responsabilidade. Não há nem fatos, porque se "nada fiz", logo "nada aconteceu".
Mais ainda: para quê me importar com assuntos teológicos se ao procurar saber sobre o amor de Deus, aprendo que devo prática-lo e não apenas conhece-lo? Para que investir tempo e aprofundar-me sobre o caráter santo de Deus, se ao olhar para aquela luz, não será possível me acomodar prazerosamente em meio ás trevas?
"The secret of life is theological and the key to heaven as well. We learn with difficulty, forget easily and suffer many distractions. Therefore we should set our hearts to study theology", disse o Pr. Tozer.
Tozer é um mestre e pastor no sentido de guiar pelas "antigas veredas" do caminho santo.
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