segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Jesus Cristo : A Tentação


Reflexão a partir dos relatos dos Evangelhos sobre o momento em que Jesus foi ao deserto, depois de seu batismo, para ser tentado.
Alguns pontos no conteúdo dos slides podem mudar vários conceitos que estão arraigados na cultura cristã:
É parte do plano da redenção: Seu Filho, Filho do Homem, precisava vencer onde o primeiro homem perdeu. A novo mundo de Deus está sendo estabelecido passo a passo ( neste caso nos passos de Jesus Cristo);
satanás foi desafiado e confrontado por Jesus. Geralmente, temos a noção que foi levado lá pelo diabo. Embora os evangelhos digam que foi levado pelo Espírito. Olhando o conflito pela iniciativa de Deus, entendemos melhor o porquê da tentação. Não se trata "apenas" de Jesus ser tentado e não cair. Trata-se de restauração da imagem do Deus Trino na terra que Ele criou.
Depois, os significados, resultados e aplicações da vitória de Jesus sobre a tentação são muito relevantes para a vida humana redimida em Cristo.
Se Cristo for o modelo a ser seguido e não a cultura criada em nome Dele, sua vitória sobre a tentação no deserto, será mais efetiva nas pessoas, principalmente as que professam segui-Lo.
(Fonte p/ os slides: Las Crisis de Cristo - Campbell Morgan)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ressurreição (1)

Evangelho de Lucas cap. 24:13-35. Por que após sua ressurreição Jesus permaneceu algum tempo na terra? Por que não teria sido assunto ao céu logo em seguida? Precisaria caminhar de novo com pessoas que lhe conheciam? Precisaria caminhar e entrar em vilas ( como em Emaús)? Assar peixe, esperando seus discípulos pescadores? Recontar as Escrituras....e partir pão e ainda comer com mel na presença deles...?
O insight aqui, que contou com grande ajuda do livro de N.T. Wright ( Surpreendido pela Esperança), primeiramente é que assim Jesus mostra que a nova vida, demonstrada por Sua ressurreição, tinha começado. A ressurreição não se torna assim,  mitológica ou lendária. O novo grupo que surgiria, que ficou conhecido como igreja, não teria um mistério ou mito ou algo assim para basear sua crença principal. Era preciso haver testemunhas de que uma nova humanidade tinha sido inaugurada em Cristo. Alguém tangível, podendo ser percebido pelos sentidos do corpo, tato, visão, audição, olfato e paladar....alma ( "não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava?") e espírito ("quando nos expunha as Escrituras?")
Deus mostrava Sua criação mais uma vez, dessa vez através do Homem perfeito, que vencera onde o primeiro falhou.
Segundo: a ressurreição deixa de ter apenas o caráter futurístico ou escatológico. Jesus ressurreto mostra que o futuro de fato já começou. Ser discípulo cristão é viver nascido de novo em Cristo. Realidade obtida pela ressurreição de Cristo que é transferida ao que creu, pelo Espírito Santo (posteriormente, após o pentecostes).
Terceiro: vejo o cumprimento da oração do Pai nosso, se cumprindo nesses dias em que Jesus depois de ressuscitado pisou na terra: "Venha o teu Reino" - Ele trouxe o Reino, agora - "Assim na terra como no céu" - rompeu a separação entre céu e terra. Agora é "assim", da mesma forma, na terra e no céu. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje"....
Isso é o quarto ponto desta meditação: Peixes, pães, favo de mel em vilas, cidades e reuniões entre amigos passam a ter a presença de Deus. Não são mais realidades separadas de Deus, coisas simplesmente terrenas. Deus está na terra tocando essas coisas e assim as ligando Consigo na Sua nova criação.
Conclusão: "Portanto, já não vivo eu, mas Cristo vive em mim". E antes de ser mais uma religião com seus mitos e suas crenças, ser cristão é viver a nova vida assim na terra como no céu.