terça-feira, 23 de julho de 2013

CULTIVO

Estou lendo o último livro do N.T. Wright, "Eu creio. E agora? (Por que o caráter cristão é importante". Este livro responde a perguntas que tenho feito há muito tempo. Espero colocar uma resenha ou algo assim, em partes, no blog. Mas, ontem lendo o Capítulo "Três virtudes, nove variedades de fruto e um corpo", encontrei esta pérola: "É o seguinte: o ´fruto do Espírito´não cresce automaticamente (...) Isso não significa, contudo, que daí em diante tudo será um mar de rosas. As novidades não passam de brotos e para chegar ao fruto é preciso aprender a ser jardineiro. É preciso descobrir como cuidar, podar, irrigar o solo, afastar pássaros e esquilos. É necessário observar geadas e fungos, eliminar a hera e outros parasitas que sugam a vida da árvore e assegurar que o tronco frágil fique firme quando atingido por um vento forte. Só assim o fruto aparecerá". Pág. 194.
Isto é verídico tanto para a vida pessoal cristã, de quem já recebeu o Espírito Santo na salvação e testifica que o mesmo está trabalhando em sua vida (caráter, como alvo de deste testemunho); quanto para o testemunho da vida cristã no Corpo de Cristo que é a Igreja.
O trabalho pastoral é intenso: tem de cuidar de si mesmo, como recomenda Paulo, e cuidar do jardim do Senhor. Como agricultor sua alegria está na esperança: a árvore dará frutos ( "não importa que o fruto da oliveira minta", como disse o Habacuque); e no presente cada sinal de fruto é motivo de alegria.
Sinal de fruto pode ser um raminho que não morreu com a última investida de uma velha ou nova praga. A vida continua. Algo novo está brotando e por isso vale a pena cultivar. E claro, muita fé e sobretudo amor como virtude a ser cultivada, ainda na leitura do Wright.